segunda-feira, 21 de abril de 2008

1º Encontro Nacional de Música Independente

Nas últimas semanas, ouvi falar de um encontro da ABMI (Associação Brasileira de Música Independente) a ser realizado em Curitiba. Procurei informações sobre o evento, mas não encontrei nenhuma. Pensei então que o evento seria em outra época do ano ou que eu tinha entrado em contato com uma informação incorreta.

Mas em 15 de abril, ao ler as notícias diárias do Music News, obtive informações sobre o evento em questão. Para mais detalhes, veja esse arquivo.

Ocorreu recentemente 1º Encontro Nacional de Música Independente “convocado” pela ABMI, AMAR (Associação dos Músicos, Arranjadores e Regentes) e pela UBC (União Brasileira de Compositores), com o apoio da Secretaria de Cultura e da Rádio e Televisão Educativas do Paraná.

Trata-se de uma ótima iniciativa (acredito em pessoas e instituições que se reunem para o debate de temas de interesse mútuo). No entanto, há alguns pontos que merecem ser avaliados.

Não encontrei nas páginas eletrônicas das instituições que convocaram o evento qualquer informação sobre o programa e objetivos do evento, quais os temas debatidos ou quem participou de cada painel. São informações básicas, mas que eu não consegui encontrar quer antes, quer após o evento (se alguém as encontrou e quiser me enviar, eu agradeço).

No texto divulgado pelo Music News, há uma informação interessante. “Em 2007, as quatro gravadoras multinacionais que atuam no Brasil lançaram, no total, 130 novos discos, dos quais, 75 são licenciamentos de música estrangeira”. Após isso, são citados os números individualizados em cada uma das quatro multinacionais.

Em oposição a esses números, foi informado que 63 gravadoras independentes lançaram 784 novos discos em 2007. “Estão excluídos deste número aquelas que trabalharam principalmente com licenciamentos internacionais e os músicos que se auto produzem, estes últimos pela impossibilidade de ser contabilizados”. Pressupus então que foram 784 discos de artistas brasileiros (mas seria importante que essa informação estivesse expressa no documento).

O primeiro ponto que merece atenção é a ausência da indicação das fontes de tais dados. Creio que seria importante que, em relação a cada dado mencionado no documento, houvesse um detalhamento no sentido de indicar as fontes. Por exemplo, seria ótimo saber quais são as 63 gravadoras independentes que lançaram 784 discos de música brasileira em 2007. Tal complemento daria mais legitimidade ao argumento desenvolvido no texto.

Foi informado também que, em 2007, apenas 9,82% do espaço das rádios comerciais brasileiras foi dedicado à música produzida pelas independentes.

Após a menção aos dados, há a frase “(...) os números disponíveis são eloqüentes e falam por si”.

Pela indicação dos dados é possível entender o documento derivado do encontro pretende defender. Em resumo, ele defende um maior equilíbrio entre o que é transmitido nas rádios comerciais e a pluralidade de manifestações musicais brasileiras.

Foi informado que “a grande indústria do disco ocupou 87,37% do espaço das rádios comerciais brasileiras”. Perguntas que eu faria para melhor compreender o cenário:

- qual a fonte de tal informação?
- qual o método utilizado para aferir tal número?

Considerando que o texto informa que as multinacionais lançaram 75 discos de artistas estrangeiros e 55 discos de artistas brasileiros, uma mera contraposição desses dados com os 87,37% do espaço ocupado pelas multinacionais nas rádios comercias revela que as multinacionais dominam as rádios comerciais, mas nada revela sobre quanto desses 87,37% refere-se aos artistas estrangeiros e quanto se refere aos artistas brasileiros contratados pelas multinacionais.

O texto aborda a expressão “produção musical genuinamente brasileira” como algo que não está muito presente nas rádios comerciais brasileiras. A pergunta é: por que as músicas dos 55 discos de artistas brasileiros lançadas pelas multinacionais não são “genuinamente brasileiras”?

Meu ponto é: há vários números para corroborar muitos argumentos. Um pouco mais de precisão em relação aos números e aos termos utilizados contribuíram mais para o debate. Números não falam por si só, nós falamos por eles.

terça-feira, 8 de abril de 2008

ABPD - relatório sobre 2007

Foram publicados no site da ABPD mais detalhes sobre o mercado brasileiro de música em 2007.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Mercado digital - UOL Megastore

Retomando o post de 19 de março, publico as respostas enviadas por Jan Fjeld, diretor da UOL Megastore. Agradeço Jan pela atenção e tempo dedicado.

1 – Desde quando a loja existe?

R.: A loja entrou online em maio de 2006.

2 – Qual o crescimento que a loja apresentou em 2006? E em 2007? Gostaria de obter as respostas tanto no quesito número de downloads vendidos quanto no quesito receita gerada com a venda de downloads. Se ficar confortável em divulgar os números absolutos, eu gostaria de ter acesso aos mesmos.

R.: Não podemos divulgar os números por ser uma empresa aberta, mas crescemos em volume de downloads comparando o período maio-dezembro de 2006 com o mesmo em 2007 em 47%.

3 – Qual o perfil do comprador da loja? Como a existência de apenas um perfil é questionável, o que tornaria a pergunta genérica demais, indique o perfil dos compradores que representam a maior porcentagem de seus clientes.

R.: Não há um perfil único, mas notamos que - a margem é pequena - a maior parte dos usuários tem o perfil usuário UOL, segmento música (UOL Música, Rádio UOL, Megastore, parceiros como VagaLume, Achei Cifras e etc.). Sexo: Homens 54% / Mulheres 46%. Idade: 2 a 11 anos - 4%; 12 a 17 anos - 29%; 18 a 24 anos - 24%; 25 a 34 anos - 14%; 35 a 49 anos - 20%; 50 ou + - 8%. Fonte: Ibote/Netratings (agosto de 07).

4 – Qual a atual situação do mercado digital no qual sua empresa se insere e quais as perspectivas para o futuro?

R.:
Estamos num mercado novo, muito abalado pela pirataria P2P e a total falta de ações por parte da indústria para combater a pirataria e oferecer soluções atraentes aos consumidores de música. Os preços no formato digital ainda são altos e não ajudam a desenvolver o mercado digital. A indústria foi muito lenta em resolver as questões referente ao uso ou não do DRM. Tenho a impressão que na cabeça do usuário, o DRM ficou sinônimo de um vírus. A mídia também trata o assunto levianamente. Os exemplos são diários em que a mídia divulga lançamentos que, por vias ilegais, estão disponíveis nos serviços P2P sem, em nenhum momento, avisar aos leitores que é crime tanto oferecer como baixar estes mesmos lançamentos. A jurisprudência brasileira já deixou claro que é crime deixar títulos disponíveis para outros baixarem via P2P independentemente de ganho financeiro. Há um caso curioso na China no ano passado em que o Yahoo foi condenado sendo co-responsável em incentiver a pirataria por não fazer nada para impedir os seus usuários ao acessar redes ilegais de P2P. Falta conscientização.

Todos as grandes gravadoras - salvo a EMI - baixaram os preços para R$ 1,99 a faixa. Warner cobra R$ 1,89. A Universal baixou de R$ 2,49 a faixa para R$ 1,99 agora em 01 de abril. Estima-se que o brasileiro (classe A e B) baixaram 1,8 bilhão de faixas ilegais em 2007. Vide notícia em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u366787.shtml

A EMI já tomou a decisão de vender o seu catálogo sem DRM no ano passado. A Universal começou um teste no mesmo sentido em grande escala via amazon.com também no ano passado (estima-se approx. 70% do catálogo desta gravadora) e, tanto a Sony BMG como a Warner sinalizaram que vão seguir o exemplo. Por aqui ainda não temos uma posição firme neste sentido de nenhuma das grandes e há ainda as associações ABER e ABEM (que negociam coletivamente em nome das editoras que administram os direito autorais tanto com as gravadoras como os serviços ISPs de download) que lutam contra a mudança para download sem DRM. E, sem a colaboração as partes na cadeia alimentar da música para fortalecer o mercado digital, nada feito.

Mesmo assim, estamos otimistas (entusiastas e otimistas). As perspectivas são boas; como você cita na pergunta 5, o mercado de música na internet, segundo a ABPD (não sei bem a métrica da ABPD, seria interessante saber), representa 24% do mercado digital, uma fatia que tende a crescer muito. Vimos um bom crescimento no ano passado em volume de faixas baixadas, o serviço está seguro, funcionando bem e o catálogo crescendo rapidamente (atualmente com 600K ++ músicas). Estamos vendo o efeito cauda longa; quase 60% do que vendemos são títulos fora de catálogo e títulos só disponíveis no formato digital. A nossa clientela vem do Brasil inteiro e, o nosso cliente gasta muito. Temos poucos clientes mas, quem compra, compra muito. Acredtito que podemos oferecer um catálogo bom no formato MP3 até o final do ano como também oferecer um catálogo razoável de vídeo (programas de TV, seriados, filmes, curtas, cartoons e etc.). Há pesquisas do mercado norte-americano que mostra que a porcentagem que utilize os P2P hoje, é bem menor do que há dois anos, especialmente entre os jovens. (Não achei essa pesquisa aqui agora, mas vou achar para te mandar.) A disponibilidade de uma opção legal e atraente aos consumidores é uma alternativa viável. Fato é que, na semana que fechou no dia 09/03, vendeu-se 20,120,000 faixas via download só nos EUA. Neste mesmo país, vendeu-se, até a mesma data, 09/03, em 2008, 219,518,000 de faixas via download, uma melhora de 26,6% comparando com o mesmo período do ano passado. Os números são do Nielsen SoundScan.

5 – A ABPD divulgou (notícia mais recente do site) que as receitas com música digital no Brasil aumentaram 185% em 2007, sendo que as receitas obtidas por meio da telefonia celular cresceram 157% (representando 76% do total do mercado digital). Segundo a ABPD, licenciamentos e vendas na Internet, em 2007, representaram 24% do mercado digital. Desses 24%, quantos por cento são provenientes de sua empresa? Em outras palavras, qual o fatia de mercado de sua empresa?

R.: Não sei responder. Não conheço a métrica da ABPD.

6 – Qual o estilo musical mais é vendido na loja?

R.: MPB.

7 – Você considera que a qualidade dos arquivos digitais poderá futuramente agregar valor à atividade econômica de venda de faixas em suporte digital? Ou a experiência atual do consumidor de música em formato digital já está consolidada e não levará em consideração a qualidade técnica do fonograma que escuta?

R.: Acredito que sim, a partir desta segunda semana de abril, começamos a oferecer faixas no formato MP3 com a compressão 256kbps. A maior parte do catálogo atual é no formato WMA na compressão 197kbps. Por enquanto são títulos dos independentes brasileiros e um pequeno catálogo de rock clássico que serão oferecidos neste formato com a compressão melhor. Mesmo que, segundo os experts, acima de 192kbps as diferenças não são audíveis ao ser humano, acredito que terá um efeito positivo. As grandes também tomarão melhor cuidado na hora de converter o seu acervo antigo para os novos formatos. Por exemplo, a Universal está reativando mais de 60K de títulos que estavam fora de catálogo e fora do mercado numa qualidade superior ao que tinha feito até então.

8 – Quais os planos para 2008? Mencione os principais obstáculos e metas da empresa.

R.: O principal obstáculo é a pirataria P2P e a falta de respeito pela propriedade. Só porque algo está disponível e a tecnologia permite, não significa que é legal baixar. Há muito desinformação e a grande mídia está sendo muito leviana no tratar das questões de proteção e de propriedade. As principais metas mencionei na resposta 4, auemento do catálogo, música sem DRM numa qualidade melhor e títulos em vídeo.

9 – O DRM é um obstáculo a ser superado?

R.: Vide respostas 4, 7 e 8.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dados da ABPD na imprensa

No Jornal Nacional de ontem e na Folha de São Paulo de hoje (o conteúdo é restrito, mas indico o link mesmo assim) foram publicadas matérias sobre o novo relatório da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos).

A despeito das matérias mencionadas acima dialogarem sobre dados recentes sobre o mercado, o novo relatório da ABPD, sobre 2007, ainda não foi dispobibilizado no site da instituição.

Segundo as informações presentes na matéria da Folha de São Paulo, as vendas de CDs e DVDs caíram 31,2% em 2007 e “mesmo assim as gravadoras estão comemorando”. A percepção positiva do mercado vem do fato de que os downloads pagos geraram R$ 5,7 milhões em 2007 (crescimento de 1.619%).

Além disso, a venda de música para celulares gerou R$ 18,5 milhões (crescimento de 127%).

O crescimento do mercado digital como um todo foi de 185% (dado que também já havia sido divulgado pela ABPD anteriormente). Tal mercado passou a representar 8% do mercado fonográfico brasileiro (representava 2% em 2006).

"Estamos no ar desde maio de 2006 e nosso volume de vendas cresceu 46% até o fim de 2007", disse Jan Fjeld, diretor da UOL Megastore, na matéria da Folha de São Paulo.

No mercado de CDs, houve queda de 19,2% em número de unidades vendidas e 33,2% de queda quando a arrecadação do setor foi levada em conta.

No mercado de DVDs, também em queda, as reduções foram da ordem de, respectivamente, 7,5% (unidades) e 26,3% (receita).

A matéria termina com a frase de que “o otimismo se estende às gravadoras independentes, que respondem por cerca de 20% do mercado”.

"Conseguimos uma recuperação razoável em 2007 e 2008 será bem melhor", disse Roberto de Carvalho, presidente da ABMI (Associação Brasileira da Música Independente), na matéria da Folha de São Paulo. Em relação à ABMI, nenhuma estatística foi publicada na matéria.

Agora, é só esperar a publicação dos relatórios completos da ABPD e da ABMI.

A matéria da Folha de São Paulo foi escrita por Luiz Fernando Vianna, com colaboração de Marco Aurélio Canônico.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Belmont University - Music Business (2)

Retomando o post de 31 de março, transcrevo as disciplinas específicas oferecidas pelo programa de negócios com música no Mike Curb College of Entertainment and Music Business, da Belmont University.

A finalidade é exemplificar o grau de desenvolvimento e profundidade com que esse tipo de curso é encarado em algumas institutições. A transcrição das disciplinas seria apenas para exemplificar e ilustrar isso.

MBU 1110. Survey of Music Business (3). This course is a general overview and a study of the major functional areas of the music business. Attention is given to the theoretical foundations and practical application of current business practices in the music industry including supporting organizations and the revenue flow from music consumer to creator.

MBU 3990-4990. Special Studies (1-3).

MBU 2000. Music Business Internship Lab (0). Prerequisites: MBU 1110, MBU 1380 and sophomore standing or 12 hours of credit in residence at Belmont for transfer students. Must be taken before or as a co-requisite with the first internship. A computer/lecture-centered, career-oriented course covering basic business communication skills and music industry administration. Interviewing skills, internship expectations, career-building methodology, and networking techniques in the music business are also covered.

MBU 2130. History of the Recording Business (3). A study of the foundations of the recorded music business, which includes the development of recording labels, technology-driven changes, and recordings from 1877 to the present. Also discussed is the formation of the major recording labels and the development of the marketing structure whereby recorded music is exposed and sold to consumers.

MBU 3000. Music Business Internship (1-6). Prerequisites: MBU 2000, MBU 1110, MBU 1380, junior standing, a minimum of 2.8 Belmont cumulative G.P.A., or approval of the Dean. Transfer students must have completed 12 hours of credit in residence at Belmont. MBU 2000 may be taken as co-requisite with the first internship. Co-requisite: MBU 4000. This is a formal intern education assignment in which the qualifying student participates in an entertainment business organization as an intern for a selected period of time. (May be repeated; however, a maximum of 6 credit hours may be used as Music Business electives.) Only full-time degree-seeking students who have met the prerequisites may register for MBU 3000.Gen. Ed. Designation: EL (I – Internships, Clinicals, Practica).

MBU 3330. International Music Business (3). Prerequisite: MBU 1110 or permission of instructor. An exploration of issues confronting entertainment and Music Business firms in a competitive global environment. Particular emphasis includes the manufacturing, marketing, management or financing of entertainment and promotion of the music and entertainment industries which are additional areas of study.Gen. Ed. Designation: GS (G – Global Studies).

MBU 3360. Entertainment Career Development (3). Prerequisite: MBU 1110. A study of personal entertainment career development and management including educational, promotional, and financial concerns of the professional entertainer. Various unions, guilds, and associations are studied from the entertainer's viewpoint.

MBU 3450. Music Publishing (3). Prerequisite: MBU 1110. A study of music publishing. The course deals with contracts, foreign publishing, catalog development, setting up a publishing company, demo sessions and licensing.MBU 3520. Intellectual Property (3). Prerequisite: MBU 1110 or EIS 1220. This course provides an in-depth study of intellectual property, the rationale for intellectual property protection, current issues involving intellectual property, international intellectual property issues, and the role of intellectual property in the entertainment industry. The types of intellectual property covered include copyrights, trademarks, trade secrets, and patents. Primary emphasis will be on copyright, the area of intellectual property most relevant to the entertainment industry.

MBU 3620. Marketing of Recorded Music (3). Prerequisites: MBU 1110, MKT 3210 or permission of instructor. A study of the theories and techniques used in the marketing of recorded music by major and independent labels and artists to consumers. Topics include market structure and analysis, distribution methods, promotional strategies, charts, airplay, pricing, research and legal issues specific to entertainment marketing. Gen. Ed. Designation: EL (C – Community Based Research).

MBU 3630. Record Company Operations (3). Prerequisites: MBU 3450, MBU 3520. This course organizes the areas of operations of a record company. Emphasis is placed on areas such as A & R, creative services, promotion, royalty distribution, in-house production, marketing, publicity and other areas in relationship to the independent vs. major label.Gen. Ed. Designation: EL (I – Internships, Clinicals, Practica).

MBU 3720. Public Relations in the Music Industry (3). Prerequisite: MBU 1110. This course deals with press releases, press kits, press parties, artist kits, news for radio and T.V., and other areas which relate to the printed page as public relations support for the artist, company and product.

MBU 3730. Electronic Media in the Music Industry (3). Prerequisite: MBU 1110. This course deals with the integration of electronic media in the music industry. Attention is given to the music video process including scripting, casting, direction, production, budgeting, and promotion. The importance of artistic career development and promotion via television and radio are examined with a focus on preparation and placement.

MBU 3950. Studies Abroad (3-18). Study in a foreign country. Individual course titles and locations are assigned for each course taken. See Studies Abroad program for details.

MBU 4000. Music Business Seminar (0). Required each semester of all full-time or part-time Music Business (CEMB) students. Co-requisite for students enrolled in MBU 3000, Music Business Internship. Seminars are discussion based session with high-profile guest speakers currently active in music and entertainment industries. Session content will vary depending upon guest(s) expertise but generally will engage practical, philosophical, and current issues in music and entertainment industries. Attendance requirements follow university policies and are stated in the course syllabus. Pass/Fail. ($40.00 course fee)MBU 4610. Christianity in the Entertainment Industry (3). This course examines the role and influence of Christianity in the entertainment and music business. Specifically, the course will investigate the Christian impact on morality in entertainment. Topics focus on music, movies, and television in relation to "The Great Commission" and whether or not Christians are engaging the important issues of the day. Students will be asked to discover and understand the Christian culture's primary shapers, their history, and issues.

MBU 4630. Legal Issues in the Entertainment Industry (3). Prerequisites: MBU 1110, MBU 3520. This course provides a comprehensive overview and analysis of advanced legal issues in the music and entertainment industries. Some of the topics covered includethe role of entertainment attorneys, recording contracts, producer and production company contracts, contracts with minors, movie & television industry structure and contracts, right of publicity, merchandising and endorsement agreements, right of privacy, freedom of speech, defamation, indecency, obscenity, and payola.

MBU 4800. Entrepreneurship in the Music Industry (3). Prerequisite: MBU 1110. Entertainment entrepreneurship is based on the process of identifying opportunities in the entertainment marketplace, exploring potential resources to pursue those opportunities, and committing to action the resources necessary to exploit the opportunities for long-term gain.

MBU 4820. Artist Management (3). Prerequisites: MBU 3450, MBU 3520, MGT 3110, or permission of instructor. An analysis of the various aspects of artist management including talent agencies, personal management, performance and recording contracts, tours, and artist promotion.

MBU 4830. Concert Promotion and Booking (3). Prerequisites: MBU 3520 or permission of instructor. A study of the role of the concert promoter and the organization of concert promoting, including contracts, riders, venues, audience projections/demographics, and finance (budgets, corporate sponsorships, gate receipts, etc.).Gen. Ed. Designation: EL (I – Internships, Clinicals, Practica).

MBU 4950. Music Business Exit Examination (0). (Pass/Fail) A requirement for all Music Business graduates during the last semester of work prior to graduation. The examination will cover four core areas: general Music Business knowledge, music publishing, intellectual property, and recording studio principles. Additional questions in the student's chosen emphasis area (Business and Production) are included. A grade of 70 or higher is required for graduation.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Estatísticas de março

Escrevo para agradecer todos aqueles que entraram em contato comigo em função do blog. Muito obrigado!

Aproveito para informar algumas estatísticas de março:

313 visitantes;

746 page views; e

251 visitantes únicos.

A média de tempo no site foi de 16 minutos e 42 segundos por visitante.