Lucy and the Popsonics - Fernanda e Pil
1 – Quantos shows a banda já fez fora do Brasil? Onde foram?
R.: 4 em Portugal no último mês de novembro: Marinha Grande, Évora, Porto e Lisboa.
2 – Por que ir para o South by Southwest é importante? Quando o planejamento para ir para o South by Southwest teve início?
R.: Em dezembro, quase um mês depois de receber o convite do SXSW. Esperamos algum apoio. Ele não veio e corremos atrás para não ter prejuízo.
A importância de ir pro SXSW é o troca-troca entre as bandas. Se em um festival no Brasil de pequeno ou médio porte isso é importante, imagine um de maior relevância como o SXSW. Visitar o Texas também me parece algo muito interessante.
Complemento: Que tipo de apoio era esperado e não veio? Por que ele não veio?
R.: Apoio de passagens. Quem estava vendo isso pra gente era a Monstro, que também nos ajuda na produção. A resposta do Fabrício Nobre (MQN) vale para a nossa. Eu só estive mais ou menos presente nas “portadas”. Ano passado eu fui ao FAC (da secretaria de cultura do Distrito Federal) e me deram uma “portada”, literalmente, quando fomos conversar sobre Portugal com eles. Até aí tudo bem porque não estávamos indo tocar em festival algum e segundo eles o governo não tinha fundos algum para apoio à cultura do DF. Além de ouvir isso, fomos super maltratados. Nos sentimos pedindo esmola literalmente. Quando chegou o convite do SXSW e confirmamos, eles já tinham aberto e fechado imediatamente o edital de apoio à cultura do DF. Aqui eles gastaram muito dinheiro com cachês de bandas e eventos que nunca se ouviu falar agora no Carnaval. Para a gente, eles não têm fundos.
3 – Quais os principais obstáculos enfrentados para concretizar a idéia de ir para o South by Southwest?
R.: Money, babe, money!
4 – Quem está pagando os custos para a banda ir para o South by Southwest? Houve algum apoio estatal?
R.: Nenhum apoio. O Estado nunca nos apoiou. Ao contrário, só recebemos portas na cara. A tour está pagando tudo porque nosso estilo é agressivo!
5 – Além do South by Southwest, a banda vai aproveitar para fazer mais shows no exterior? Onde e quantos?
R.: 13 shows nos EUA, 1 no festival francês IDEAL, 1 na Espanha e 2 na Alemanha.
6 – A empreitada será deficitária ou superavitária?
R.: Super se não gastarmos muito ou não termos calotes. Provavelmente zero a zero se algumas coisas derem errado. Se der tudo errado, déficit total. Vamos ficar 5 anos com dívida no banco.
7 – Qual a expectativa da banda com a participação no SXSW?
R.: Fazer um bom show.
Complemento: Vocês têm alguma expectativa em relação a conseqüências empresariais objetivas (mais propostas para tocar no futuro, repercussão na imprensa, propostas de licenciamento, etc.)?
R.: Para ser sincera não. São muitas bandas e seria muita sorte ter as pessoas certas no nosso showcase. Se rolar, ótimo! Estamos dentro. Se não acontecer nada, não tenho o que lamentar. As minhas maiores expectativas estão na França. Lá vou tocar em um dia excelente, com bandas excelentes e em um festival de responsa. O SXSW é assim mesmo. Mais de mil de atrações ao mesmo tempo. Ninguém tem realmente visibilidade. Somentes os cases mega famosos.
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