quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

SXSW 2008 (6) - O Quarto das Cinzas responde

O Quarto das Cinzas - Raphael Haluli


1 – Quantos shows a banda já fez fora do Brasil? Onde foram?

R.: O Quarto das Cinzas ainda não se apresentou fora do Brasil, essa apresentação no festival SXSW será nosso primeiro show fora do país, dando inicio ao trabalho de divulgação no exterior. Uma idéia que já vem sendo desenvolvida desde o ano passado e talvez até de forma menos intensa desde o começo da banda, só que foi a partir do ano passado que o grupo decidiu expandir seu trabalho pra além de Fortaleza de maneira efetiva com a mudança pra São Paulo e agora em 2008, expandindo pra o exterior com o SXSW.

2 – Por que ir para o South by Southwest é importante? Quando o planejamento para ir para o South by Southwest teve início?

R.: Em termos gerais a importância de se participar do SXSW é indiscutível, um dos mais importantes festivais dos Estados Unidos concentrando uma grande quantidade de pessoas da indústria da música e de outras áreas ligadas direta ou indiretamente a ela. Só isso já seria motivo bastante pra se estar presente, porém ao longo do ano de 2007 o grupo vem fazendo uma série de contatos com pessoas nos EUA interessadas em fazer parcerias e que estarão presentes no festival. O planejamento começou exatamente no ano passado na Feira da Música de Fortaleza com o encontro do grupo com essas pessoas e vem crescendo desde então com a concretização da participação no SXSW.

3 – Quais os principais obstáculos enfrentados para concretizar a idéia de ir para o South by Southwest?

R.: Dinheiro é sempre a solução pra se concretizar qualquer idéia desse tipo. Na falta dele, isso se torna um obstáculo grande a ser vencido. É assim que o mundo está. Além disso, existe a questão dos vistos pra entrada nos EUA, que requerem além de dinheiro, boa vontade daqueles que são responsáveis para se conseguir no tempo necessário.

4 – Quem está pagando os custos para a banda ir para o South by Southwest? Houve algum apoio estatal?

R.: Até agora não houve nenhum apoio estatal e todo o apoio que conseguimos até então veio de iniciativa privada e de nossos próprios bolsos.

5 – Além do South by Southwest, a banda vai aproveitar para fazer mais shows no exterior? Onde e quantos?

R.: A nossa intenção é aproveitar ao máximo a nossa viagem da melhor forma possível, seja em outros shows, seja em fazer parcerias interessantes. É necessário entender que a divulgação de um trabalho no exterior exige uma preparação de terreno e planejamento muito cuidadoso, não adianta fazer shows de forma não coordenada porque isso se perde dentro da imensidão de coisas que existem lá fora. Mais importante que isso é se ter uma boa estrutura de divulgação e concentrar a energia nos shows mais significativos. Temos algumas outras propostas de shows nos EUA e Canadá, que serão divulgadas assim que forem confirmadas.

6 – A empreitada será deficitária ou superavitária?

R.: Dizer o que a empreitada será não é possível agora antes de vivê-la de fato. Não podemos avaliar isso apenas por conta do investimento que estamos fazendo no presente. Como todo investimento, espera-se receber algum retorno disso, pelo menos que se pague todos os custos e se ganhe a experiência e contatos feitos pelo caminho. Estamos plantando agora pra colher depois, não se pode dizer que se perderam as sementes porque foram enterradas, elas precisam de tempo para sabermos se irão ou não gerar os frutos e assim como é na natureza, se tivermos a atenção de cuidarmos da melhor forma possível dessas sementes, certamente elas nos darão uma boa colheita.

7 – Qual a expectativa da banda com a participação no SXSW?

R.: As expectativas são melhores possíveis sempre, como dissemos, temos contatos e parcerias a serem fechadas lá, além de ser uma ótima oportunidade de mostrar o trabalho pro público internacional e trocar experiências com artistas de outros países.

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